Chorume é depositado em piscinão e a evaporação elimina a sujeira.
O subsolo é impermeabilizado para evitar infiltrações.
Cientistas da Universidade Federal de Pernambuco descobriam uma solução
simples e barata para que a água suja produzida nos aterros sanitários - o chamado
"chorume" - não contamine meio ambiente, principalmente os rios.
Chorume é um líquido escuro que sai da decomposição do lixo.
Lixões como um em Cupira, no agreste de Pernambuco, não deveriam existir
mais. O prazo para que os municípios acabassem com os lixões terminou no ano
passado, mas metade das cidades brasileiras ainda não tem aterros sanitários,
segundo o Ministério do Meio Ambiente.
“Os resíduos sólidos rebatem na educação, na saúde, no modelo de economia, na produção, no Índice de Desenvolvimento Humano. Falta ao gestor essa percepção”, fala o coordenador de Meio Ambiente, André Felipe Menezes.
“Os resíduos sólidos rebatem na educação, na saúde, no modelo de economia, na produção, no Índice de Desenvolvimento Humano. Falta ao gestor essa percepção”, fala o coordenador de Meio Ambiente, André Felipe Menezes.
A 20 quilômetros da sujeira, está um modelo de aterro sanitário
administrado por cinco municípios. Juntos eles gastam R$ 90 mil por mês
para tratar 1.500 toneladas de lixo produzidas por 110 mil pessoas.
A melhor alternativa para os municípios pequenos e pobres tratarem corretamente o lixo é a formação dos consórcios. Assim eles dividem os investimentos e somam os esforços num projeto coletivo e o que era despesa se transforma numa fonte de renda extra para os cofres municipais.
Em Pernambuco, quem trata o lixo do jeito certo recebe um incentivo do governo: o ICMS sócioambiental. “Nós recebemos em média R$ 90 mil do ICMS por mês e gastamos em média R$ 25 mil de coleta, transporte, destinação, fala o engenheiro ambiental da prefeitura, Cláudio Filho”.
A melhor alternativa para os municípios pequenos e pobres tratarem corretamente o lixo é a formação dos consórcios. Assim eles dividem os investimentos e somam os esforços num projeto coletivo e o que era despesa se transforma numa fonte de renda extra para os cofres municipais.
Em Pernambuco, quem trata o lixo do jeito certo recebe um incentivo do governo: o ICMS sócioambiental. “Nós recebemos em média R$ 90 mil do ICMS por mês e gastamos em média R$ 25 mil de coleta, transporte, destinação, fala o engenheiro ambiental da prefeitura, Cláudio Filho”.
Em Agrestina, a economia da prefeitura agora chega a 70%. O lixo é compactado por
máquinas e depois, coberto com argila. O subsolo é impermeabilizado para evitar
infiltrações.
O aterro virou um grande laboratório para novas tecnologias, como um
evaporador de chorume. Todo líquido que sai do lixo é despejado em um piscinão
e depois bombeado para chuveirinhos para apressar a evaporação natural.
“Outros tipos de aterros sanitários, eles fazem o tratamento do chorume
e depois eles encaminham para um rio ou córrego, o nosso sistema vai ser um
sistema fechado. Não vai ter saída nenhuma”, explica o professor Maurílio Motta.
O modelo foi desenvolvido pela Universidade Federal de Pernambuco para
que os pequenos municípios tenham acesso à tecnologia e acabem de vez com os lixões.
Os pesquisadores da Universidade Federal de
Pernambuco querem aproveitar agora o gás metano que é produzido no aterro
sanitário para gerar energia elétrica.
Reportagem do Jornal Hoje.
Por: Beatriz Castro Altinho, PE
Edição do dia 12/03/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário