A
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta em 2% o Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) foi aprovada pela Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. A votação da admissibilidade do
projeto ocorreu nesta terça-feira, 22 de abril. Mais recursos para o FPM é um
dos itens da pauta de reivindicações da XVII Marcha a Brasília em
Defesa dos Municípios.
O
próximo tramite agora é a criação de uma Comissão Especial, com 27 integrantes,
para avaliar a PEC 341/2013. Na Mobilização Permanente, no dia 10
de dezembro do ano passado, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), prometeu agilidade na instituição deste grupo, assim
que a PEC passasse pela CCJC.
“Sei
o drama que vocês estão vivendo. Estou pronto para criar a Comissão Especial,
isso só depende da CCJ”, declarou Alves a um público formado por quase mil
prefeitos e prefeitas. Na ocasião, o presidente da Casa informou que a Comissão
Especial precisa de 40 sessões para discutir a proposta, mas que ele
trabalharia para que houvesse redução para apenas 10 sessões – o mínimo exigido
pelo Regimento Interno da Câmara.
Articulação
A PEC 341/2013 foi sugerida e tem o apoio da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, enviou um ofício ao presidente Alves para lembrar do compromisso assumido por ele com o movimento municipalista.
A PEC 341/2013 foi sugerida e tem o apoio da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, enviou um ofício ao presidente Alves para lembrar do compromisso assumido por ele com o movimento municipalista.
“O
aumento do repasse do FPM vai ao encontro dos interesses dos Municípios
brasileiros e visa a compensar perdas financeiras causadas pelas constantes
desonerações e recorrentes criações de encargos, programas federais e pisos
salariais sem a respectiva compensação financeira”, diz o ofício da CNM.
Durante
a votação na CCJC, alguns deputados, como o sergipano André Moura (PSC),
defenderam a PEC dos 2%. “Além de obedecer os requisitos constitucionais, essa
proposta busca reforçar o Pacto Federativo brasileiro. É nos Municípios que
temos que encontrar a solução dos nosso problemas”, discursou. À pedido da CNM,
Moura apresentou inversão de pauta na Comissão, o que contribuiu para que a
votação ocorresse.
O
deputado Felipe Maia (DEM-RN) completou: “o bolo tributário é muito injusto com
os Municípios. Eles chegam na segunda quinzena do mês sem nenhum real para
investir. Então esse projeto é fundamental e deve alcançar o objetivo de
socorro aos Municípios”.
Fonte: Agência
CNM