Foi realizada na tarde desta terça-feira (24), a oficina “O
Direito à Água e Sustentabilidade Hídrica” que teve como palestrante o diretor geral do ProRural,
Aldo Santos coordenando a mesa composta pelo secretário de Agricultura e
Reforma Agrária, Nilton Mota, o secretário executivo da Coordenadoria de Defesa
Civil de Pernambuco (CODECIPE),
Carlos Alberto Maranhão e o assessor da Presidência da República, José Wilson
Pereira.
No debate, foram apresentados os
projetos e metas para 2015 e as ações realizadas nos últimos anos, como a
instalação do Comitê de Convivência com a Estiagem e a Integração do Rio São
Francisco. Além disso, os participantes puderam fazer pedidos e questionamentos
aos integrantes da mesa. “A intenção é unir forças. Discutir as demandas que
são prioridades, através de ações emergenciais e estruturantes”, explicou Aldo
Santos. A crise hídrica enfrentada pelo país nos últimos tempos é
motivo de preocupação para a população e para as autoridades brasileiras.
Devido aos baixos índices de chuva, os reservatórios que abastecem as cidades
chegaram a níveis críticos, tornando real o risco de racionamento.
Durante
a apresentação, foram expostos os problemas pelos quais o país está passando,
não só na zona rural, mas também na área urbana e no interior. O ano de 2015
foi apontado como um ano desafiador em que estão sendo desenvolvidos projetos
que amenizem as conseqüências do desperdício dessa riqueza natural e
conscientizem não apenas aos cidadãos, como também às pequenas e grandes
empresas que utilizam a água em uma maior quantidade. Após as explanações dos palestrantes, foi
aberto espaço para ouvir as perguntas, as sugestões e até mesmo as críticas
realizadas pelos prefeitos e participantes da oficina, gerando assim uma troca
de conhecimento e enriquecimento para todos que estavam presentes.
E dando
continuidade aos diversos temas tratados durante o 2º Congresso
Pernambucano de Municípios, a oficina “Meio Ambiente: Construindo um pacto de
sustentabilidade” movimento o evento durante a tarde desta
terça-feira. A mesa contou com a participação de Carlos Cavalcanti (Secretário
Estadual do Meio Ambiente), Eduardo Werneck (Gerente de Projeto do Departamento
de Coordenação do SISNAMA/Ministério do Meio Ambiente), André Felipe
Menezes (Coordenador do CAOP Meio Ambiente/MPPE) e Francisco José (Repórter
Especial da Rede Globo). Os palestrantes trouxeram o tema da sustentabilidade
como um desafio urgente e necessário para a atenção das políticas públicas, não
somente como forma de garantir a preservação da natureza, mas também
impulsionar a economia.
E
durante as falas dos palestrantes o Secretário do Meio Ambiente Carlos
Cavalcanti, apresentou o momento de vulnerabilidade ambiental que o país e o
estado atravessam, sendo sujeitos a constantes mudanças climáticas em meio a
uma crise no gerenciamento dos resíduos sólidos e na matriz energética. O
secretário ressaltou que é preciso definir propostas objetivas que possam gerir
de modo eficaz e de áreas naturais a partir de políticas que o Governo do
Estado já está desempenhando para o setor, como o edital para criação de áreas
de conservação e regeneração.
Já
o promotor e representante do Ministério Público do Estado, André Felipe de
Barbosa Menezes, levou para a discussão a responsabilidade que o município tem
para os temas relacionados ao meio ambiente, envolvendo políticas que cuidam
desde a gestão da água à poluição sonora, visual passando pelo patrimônio
histórico e imaterial da localidade. André convocou os gestores a assumirem a
postura de servidor público no trato dessas questões de impacto ambiental,
cobrando comprometimento por parte do cidadão e da sociedade.
O
repórter Francisco José encerrou a oficina trazendo relatos sobre as
experiências de profissão com questões ambientais, tema marcante de sua
carreira. Tendo como exemplos a cidade de Bonito (MS) e o arquipélago de
Fernando de Noronha (PE), o jornalista apresentou cenários onde as paisagens
naturais, que antes eram desvalorizadas pelo poder público e pelos órgãos de
fiscalização e conservação, passaram a ser ambientes marcados pelo turismo
ecológico, gerando empregos e aquecendo a economia local. Por fim, criticou
fortemente as gestões nos três âmbitos (municipal, estadual e federal), quando
considerou “fajutas” as políticas públicas de meio ambiente e exigiu que o tema
fosse tratado como prioridade.
Fotos: Claudio Gomes